Foto: Deni Zolin
No final da manhã desta quarta-feira (25), uma retroescavadeira voltou a trabalhar no Trevo da Uglione, retomando a escavação da trincheira – pista abaixo do nível do solo que fará o trânsito no sentido Itaara-São Sepé e vice-versa, sem necessidade de os veículos pararem. Apesar de ainda tímido, foi o retorno dos trabalhos no local, após oito meses de paralisação. Antes, os últimos serviços tinham sido o içamento das vigas do segundo viaduto, no final de fevereiro – desde então, houve apenas serviços pontuais em outros locais da Travessia Urbana.
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Esse reinício foi possível porque o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) conseguiu desatar um grande nó que emperrava os trabalhos. Aprovou uma espécie de indenização às construtoras pelo tempo extra, em que ficaram com funcionários e canteiros de obras mobilizados e quase não havia serviços. Elas previam ter esses custos por três anos (prazo inicial da obra), mas ela já vai completar nove anos agora em dezembro, porque, desde 2014, o governo federal sempre enviou menos verbas do que era previsto, e houve problemas com algumas das construtoras que contribuíram para o atraso.
Prazo para acabar
Agora, a promessa do Dnit é que a duplicação dos 14,5 km será totalmente concluída até o fim de junho de 2024. Hoje, 97% está pronta, com duas passarelas, seis pontes e nove viadutos concluídos e 13 km duplicados.
Segundo um operário na obra e também o Dnit, na semana que vem chegarão equipes de uma empresa do Paraná, que é especializada na construção de paredes de concreto nas laterais da trincheira. Com isso, voltará a ter mais movimento de operários na obra. A escavação da trincheira prosseguirá por baixo do viaduto pequeno da rotatória da Uglione, em direção ao viaduto da Duque, e outras equipes devem começar a colocar pedras para fazer as quatro pistas da rodovia ao longo da trincheira. Esses serviços são de responsabilidade da Construtora Continental.
O Dnit informa que, ao longo de novembro, mais equipes voltarão a trabalhar para concluir o segundo viaduto grande da Uglione (sentido Urlândia-Duque) e, em dezembro, elas devem iniciar a construção do segundo viaduto pequeno da rotatória da Uglione (a trincheira vai passar por baixo dele também). Esses serviços são da Sogel, de Porto Alegre.
Para novembro, a promessa é de retomada da construção das passagens inferiores da Rua Capitão Vasco da Cunha e do acesso à Urlândia, que hoje tem um desvio lateral e é um local perigoso, com escuridão e grandes congestionamentos. Essas obras são do lote 2, da construtora Sultepa. O prazo é concluir tudo isso e a passarela do Bairro São João até junho de 2024, sendo que algumas dessas obras poderão ser entregues antes.
O Dnit diz que a iluminação da Travessia Urbana será totalmente ligada no final da obra e entregue à prefeitura, que é responsável pela manutenção. Devem ser usadas fiações aéreas para dificultar novos furtos de fios. Devido a esses roubos, o Dnit desistiu de fazer o reparo das fiações e só vai religar tudo pouco antes da conclusão da Travessia, já que essa reposição gerava custos não previstos no contrato. Será totalmente recuperada, com camada nova de asfalto e sinalização, a pista antiga do lote 1, entre o Castelinho e a Uglione, conforme prevê o projeto. Nesse mesmo trecho, as pistas novas já estão com problemas e serão também consertadas. Em pontos em que o asfalto foi feito há menos de 5 anos, as construtoras terão de bancar esse serviço.
BR-392, na saída para São Sepé, será duplicada a partir de 2024
